Friday, October 7, 2011

LISBON FASHION WEEK/MODALISBOA - ANA SALAZAR SPRING-SUMMER 2012


"Beyond the Form" titled Ana Salazar's collection Spring/Summer 2012, an approach to clothing as ongoing working surface, permanent and continuous in relation to the body. In Ana Salazar's work the body is the mainly piece around around which the clothes are constructed and desconstructed, adding shape and volume , creating a new representation of itself.

In this collection, and also in the latest work of the Portuguese designer, the fabric is transformed by common clothing modeling techniques, whilst the process is interrupted in specific moments. So the elaborated pieces mean to demonstrate the constructive steps in the production of clothing, as well as the foundations that sustain them.

(Our) Ana Salazar is for Portuguese fashion what Dame Viv (Westwood) is for London's fashion. I'm talking about the irreverence and breaking the mainstream's codes as well. The models walked the runway safety about the expectations that the crowd have always about Salazar's show, and they expected always something different and completely out of the standards. So, Ana Salazar did it again!

The models walked like robots with brass painted faces, black lips, hard jewels kind of ivory horns, and wearing waxed, lacquered and plasticized fabrics with technologic treatments. Can you pic the thing?

This high romance (and a kind of dark) that Ana Salazar keep going with the underground side is balanced of course with the need of a more commercial side, after all the ANA SALAZAR label is represented in the shopping side by side with fast fashion, and I think it is the only Portuguese label associated to a fashion designer with a real business strategy.

**************************************************************************************


"Beyond the Form" é como Ana Salazar chamou a sua última colecção para a próxima Primavera/Verão, uma abordagem ao vestuário enquanto superfície em construção permanente e continua do corpo. No trabalho de Ana Salazar o corpo é a matéria-prima principal  à volta do qual as roupas se constroem e descontroem, adicionando forma e volume e criando uma nova representação do próprio corpo.

Nesta colecção, o que se vem repetindo nos últimos trabalhos da designer portuguesa,o tecido é transformado com técnicas de modelação comuns de vestuário mas interrompendo-se o processo em determinados momentos. As peças demonstram as etapas construtivas na produção de vestuário bem como os alicerces que as sustentam .

(A nossa) Ana Salazar representa para a moda portuguesa o que a Dame Viv (Westwood)é para a moda londrina. Falo de irreverência e, igualmente,da quebra de códigos do mainstream. As modelos desfilam na passerelle com a segurança de que as expectativas são altas para a multidão que enche completamente a sala, o que obriga Ana Salazar a recorrer a aspectos mais teatrais que acabam por ser um complemento da colecção e a explorar os significados inerentes à sua construção. E Salazar fê-lo novamente!

Assim, as modelos desfilaram com movimentos rectos e mecanizados inspirados levemente nos robots (novamente referências à tecnologia tão presente no tratamento dos tecidos nesta colecção), com a face pintada a bronze em semblante sombrio, lábios negros e joalharia "hard" - uma espécie de cornos de marfim em detalhes e colares extra-large. O visual robótico acompanha os tecidos tecnológicos, encerados, lacados e plastificados. Conseguem ver o filme?

O alto romance (e algo dark) que Ana Salazar continua a ter com o lado underground é aqui balanceado pelas necessidades mais comerciais, naõ esquecendo que é a única marca portuguesa associada a moda de autor com uma verdadeira e séria estratégia comercial. Fico contente que apesar dessas preocupações mais comerciais a marca não tenha perdido o seu DNA, o que não é tarefa fácil tendo em conta o diminuto e por vezes pouco exigente mercado português.
















 
 





























Photos by Joao Lamares Photography

Nota de agradecimento: Todos os desfiles foram fotografados com CANON 300 F 2.8 L IS gentilmente cedida por CANON CPS



No comments:

Post a Comment