SMILE... " ON SALE NOW"... DO NOT LAST FOREVER!

When I am a little depressed the female problem "A full wardrobe and nothing to wear" is getting worse, especially when sales season already sings everywhere. In opposite of the vast, vast majority of common mortals I hate sales. And I hate sales, especially in the fast fashion stores turned into bad street markets which tried to sell us what they couldn't sell throughout the season, and worse, the stores are flooded with the defunct smelling of pieces from many seasons ago, picked from warehouses where they resurfaced undead, suddenly, to plan in our dark dreams. I must confess that I like some promotions in exclusive shops where my wallet usually looks like a huge empty crater-like moon. Then I confess that when it gets discount down up to 70%  - maybe - I will buy that classic jacket, those Louboutin shoes, the black dress  Audrey Hepburn’s style ... well, these classic pieces full of style that have absolutely no fun, which mixed with some statement accessories it would be cool and lasts forever.

January, for me, is time for a short walk to the imagination, nothing to post on the blog, or no talent to "invent" something good enough, every morning it's a personal drama to creat something we can call it remotely a cool look,  or no imagination at all even to cook a simple dinner (it has been all week long: cooked fish with broccoli, baby carrots with variant of cauliflower and baked potato). It is amazing how suddenly we ran out of magic to live as if something sucked the life energy and meddle in a black hole where it rains all day, and the nights are frigid. I have no patience at all even for the superficial staff! And what can I do? Nothing. Maybe, put me in a movie theater all night long, or watching movies in a row on TV or even better, browse the hundredth time ALL Seasons of The Sex and The City, in order to search some inspiration. This is a state of mind that doesn’t allowed deeper things and great goals or achievements. I fear that this state of hibernation lasts until February / March which is when Fashion Weeks will start all over the globe. By that time the days will be higher, the stores will be full of fresh pieces ( and shoes!), the warm weather and beach days will be closer...a whole new horizon will be open and it will be closed the family parties cycles, the bad taste gifts of pink and golden laces ... and other depressing events. Then, like a true fashionist, I will rise from the ashes, the imagination will be reinvented by the pure oxygen gusts of the new trends, I will open the door of my closets and I will find never dreamed combinations of clothes and accessories which I never knew they exist. I will watch the fashion shows with the usual excitement, light, color, action ... beautiful people, fantastic clothes and shoes in cheerful familiarity. I must be the few women who feels more beautiful when surrounded by beautiful people. For me beauty attracts beauty and despite I am the same person, there is an entire gulf between myself travelling in a suburb train between four feet faux nails combined with leggings and tongs mixed with tight t-shirts, and myself that sits in the front row of a fashion show, among tall and skinny people who smells good taste at every pore. So hopefully, I sit down and do nothing of really important waiting that tomorrow is already spring.


Quando estou mais deprimida o problema de “Um armário cheio e nada para vestir” agrava-se, ainda mais quando a época dos saldos já canta de galo. E, ao contrário da grande, grande maioria do comum dos mortais eu detesto saldos. E detesto saldos, sobretudo, nas lojas de fast fashion transformadas em más feiras de rua que para além daquilo que não venderam ao longo da estação, ainda nos querem impingir monos aos montes de épocas passadas, com cara de peças defuntas a cheirarem ao mofo  do armazém donde ressurgiram mortas-vivas, de repentemente. Quanto muito gosto de algumas promoções em lojas exclusivas onde normalmente a minha carteira parece um vazio imenso tipo cratera lunar. Aí confesso que quando se chega aos 70% vale a pena comprar aquele casaco clássico, aqueles sapatos Louboutin, aquele vestido preto à Audrey Hepburn… assim, essas peças clássicas cheias de estilo que não têm absolutamente graça nenhuma, mas, que misturadas com alguns acessórios statement a coisa corre bem e ainda por cima duram eternidades.  Ando com a imaginação curta, quer para postar no blogue, quer para “inventar” todas as manhãs um visual cool, quer até para cozinhar um simples jantar (tem sido pescada com bróculos a semana inteira, com variante de cenouras baby, couve-flor e batata cozida). É impressionante como de repente ficamos sem magia para viver, como se algo nos sugasse a energia vital e nos metesse num buraco negro onde chove todo o dia e as noites são gélidas. Ando até sem paciência para o superficial e as aparências! E o que há a fazer? Nada. Esperar que passe e meter-me numa sala de cinema, a ver filmes de enfiada na TV ou percorrer pela centésima vez Todas as Temporadas do Sexo e da Cidade em busca de inspiração. Que neste estado não dá procurar coisas mais profundas do que isso. Temo que este estado de hibernação dure até Fevereiro/Março que é quando começam as semanas da moda nos locais do costume.  Por essa altura os dias serão maiores, as lojas já estarão inundadas com peças novinhas a desafiar o calor e a praia eminentes, e é todo um novo horizonte que se abrirá, fechado o ciclo das festas em família, das prendinhas de laço rosa e doirado… e outros acontecimentos deprimentes. Então, como uma verdadeira fashionista, eis que ressurjo das cinzas, reinventada a imaginação enriquecida com golfadas de puro oxigénio das novas tendências, abro a porta aos armários lá de casa e descubro combinações de peças jamais sonhadas e visto-me a rigor para os desfiles, luzes, cor, acção… pessoas lindas e roupas e sapatos fantásticos em alegre convívio.  Devo ser das poucas mulheres que se sente mais bonita quando rodeada de pessoas belas. Para mim beleza atrai beleza e apesar de ser a mesma há todo um abismo entre o meu eu que viaja num comboio de periferia entre unhas de metro e meio e leggings combinadas com t-shirts justas e fio dental, e o meu eu que se senta na fila da frente de um desfile de moda, entre pessoas altas e espadaúdas a cheirarem a bom gosto por todos os poros. Assim, esperemos que a neura passe e que amanhã seja já Primavera.