Sunday, October 24, 2010

PORTUGAL FASHION SPRING SUMMER 2011 - CARLOS GIL


Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro


Upon arriving at Carlos Gil’s show at Portugal Fashion SS 2011, it was hard to know where to look—at the fabulous animal print and chains print (which reminds me so much vintage Gucci signature), the silk fluid tunics, the metal sequin tops  and jewel-colored dresses lining the runway, or at the sixties and  seventies vibes coming down over all the collection.

Quem assistiu no passado Domingo, ao desfile da nova colecção para a Primavera/Verão de 2011 de Carlos Gil, no Portugal Fashion (Porto), deve ter sentido alguma dificuldade em saber para onde olhar – desde as fantásticas estampagens a lembrar a pele dos animais selvagens da savana africana, às estampagens com correntes que nos remetem para o imaginário vintage de Gucci nos anos 70, as fabulosas túnicas fluidas de seda, os tops de lantejoulas prata e os vestidos coloridos com pedraria forrando a passerelle; uma colecção que nos transporta para o estilo mais elegante dos anos 60/70.


Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro

Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro

Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro

The fluid soie of the clothes; the glamour of the hair ornaments; and the sparkles and Swarovski crystals in incrusted details, all indivisible from Carlos Gil’s own style: a contemporary picking of casual-glam, jet-set dressing as caught in the flashbulbs of the paparazzi 40 years ago but with a modern urban vision . Vintage elegance yes, but reinterpreted with the designer’s own vision and the excellence of the forms extremely elaborated to seem simple, that’s the Carlos Gil sophistication.


A fluidez da seda de cair perfeito; o glamour dos ornamentos no cabelo; os brilhos e os cristais swarovski delicadamente incrustados em detalhes, são elementos inseparáveis do estilo próprio de Carlos Gil: Uma escolha contemporânea de casual glam, a remeterem para os vestidos do jet-set sob os flashes dos paparazzi há 40 anos atrás, mas, recriados pela visão moderna e urbana do criador. Elegância vintage sim, reinterpretada com uma excelência no corte extremamente elaborado para parecer simples, esta é a chave da sofisticação de Carlos Gil.



Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro

Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro

Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro

Principally, though, it was a rendering of everything Carlos Gil habitually plays with from the hot colors of the African savanna till the Fashion history archive and makes his own—here in a palette of white, black, caramel, earth tones inspired in Africa sunset, sea blue, contrasting with a more soft palette of nudes and pastel colors.

Mais uma magnifica prestação de tudo com que Carlos Gil joga, desde as cores quentes do continente africano aos arquivos históricos da moda, inspirações que modifica e torna em criações suas, numa paleta de brancos, pretos, cores de terra inspiradas no pôr-do-sol africano, o azul marinho, contrastando com as cores neutras e pasteis.
 
Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro

Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro

Carlos Gil SS 2011 - Photo courtesy by José Gageiro




This a new collection for Carlos Gil’s strong and powerful women who are not afraid to dare with elegance, glamor and sophistication, regardless of age, body type or lifestyle, with very wearable and versatile pieces like tops, shirts and tunics which the woman can wear at the office mixed with a pencil skirt, in the weekend more relax with jeans or in a party night or in a formal dinner with waisted pants or a long and fluid silk skirt. Perfect, only need to change the accessories.
Uma colecção dedicada à mulher que o criador gosta de vestir, uma mulher poderosa e de forte personalidade que não tem receio de se atrever, mas, sempre com elegância, glamour e sofisticação, independentemente da idade, figura ou lifestyle. Peças muito versáteis como os tops, camiseiros e túnicas, os quais a mulher pode levar para o escritório com uma saia pencil, usar no fim de semana com jeans, num look mais relax, ou à noite, numa festa ou num jantar formal, com umas calças de cintura subida ou com uma saia envelope comprida. Perfeito, basta só mudar os acessórios!     


Carlso Gil SS 2011 photo courtesy by Ricardo Dias

Carlos Gil SS 2011 collection -  Photo courtesy by Joaquin Baldaia


Carlos Gil SS 2011 collection - photo courtesy by Ricardo Dias



6 comments:

  1. Gosto do Carlos Gil e acho que é um bom designer, mas comete muitos exageros de styling. O não saber para onde olhar não é bom, o designer deve escolher um ou dois focus de interesse e desenvolver o styling a partir deles. Os sapatos são fortes, o cinto, a mala, a pulseira, o colar, o chapéu também, e o olhar dispersa-se no meio disto tudo. Além disso, não acho que a colecção seja coesa tem peças muito díspares, que nem diria que são da mesma colecção. Isto irrita-me porque considero-o um bom designer, com uma grande queda para a alta-costura, um novo João Rôlo, talvez, perdendo-se, contudo, na minha opinião, nestes exageros e na falta de foco.

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  2. Tiago, escrevo este comentário não só para si mas como para os visitantes do blog e especificamente deste artigo sobre o trabalho do Carlos. Também sigo o trabalho do Carlos e é engrado como discordo do seu comentário. Seria bom que o Carlos lesse ambos e pudesse fazer ele próprio a sua apreciação. Alem disso conheço o Carlos pessoalmente e tenho uma ideia realmente contraditória da sua. A nível do exagero do styling, acho que não se pode chamar exagero,exageros cometem estilistas como Galliano,num bom sentido claro. O Carlos penso saber quando deve parar e criar até uma sobriedade que se evidencia. A nível dos focos de interesse, penso que os seus coordenados têm de ser vistos como um todo e não apenas numa parte. Não se dedica apenas a trabalhar uma parte de cima de um coordenado ou uma parte de baixo. Trabalha tudo ao milimetro e de uma forma harmoniosa. Conjuga as peças de uma forma bem estudada e com características únicas. Não se limita a evidenciar apenas algo mais exuberante, criando detalhes que têm de ser realmente analisados em partes mostrando a qualidade das peças. A nível de acessórios, pode até usar diversos acessórios num mesmo coordenado mas penso isso não ser um erro. Os acessórios realmente são fortes e falam por si. Alias como ele já nos habituou, os acessórios poderão ser o segredo de um bom look. Quanto aos toucados usados nesta colecção remetem-nos imediatamente para os anos 60/70, como eu vi nos flyers do desfile. Foi nas festas dessa época em África que ele se inspirou e os acessórios de cabeça eram uma constante. A colecção pareceu-me coesa. Não só a nível de cor como a nível de formas e silhuetas. Alias penso que prima exactamente pela cor nas suas colecções. Uma paleta muito grande mas conjugada de uma forma única. No final não me choca minimamente a quantidade de cor usada. As silhuetas falam por si e marcam muito a identidade do Carlos penso que são de grande elegância e penso também que apesar de peças dispares, elas encaixam na perfeição na colecção e no tema, são abrangentes mas nunca descontextualizadas ou tomadas como peças ou coordenados fora da colecção apresentada. Por fim gostava de salientar que o estilo de João Rôlo nada tem a haver com o estilo Carlos Gil. Ambos uns excelentes designers mas cada um com um estilo bastante próprio e penso que o seu estilo até acaba por ser antagónico. São altas-costuras executadas e pensadas de forma completamente diferente. Ambos têm o seu lugar definido e não são rivais nesse aspecto. Penso até que incomparáveis a esse nível. Mas cada comentário vale o que vale! Talvez Carlos Gil até leia os nossos comentários e se pronuncie.
    Sublinho ainda os comentários que têm saído em diversos meios de comunicação e redes sociais que discordam com o que aqui disse Tiago. Penso realmente que deveria analisar as colecções do Carlos com mais pormenor ou pelo menos com uma visão diferente daquela que ele quer transmitir que tenho a certeza que não é aquela que o Tiago aqui deixou.

    Frederico Almeida

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  3. Olá Tiago, boa tarde Frederico! Como editora do Fashion Heroines fico satisfeita por estar a dar voz à diversidade de opiniões e este tipo de dialogo inteligente tem a vantagem de se estar a falar da moda que se faz em Portugal o que é mais do que aquilo que existia há um tempo atrás, não muito distante de hoje. O Fashion Heroines tem a grande aspiração de vir a ser um veiculo de divulgação dos criadores portugueses e das disciplinas que estão associadas À moda como sejam designers, fotografos, stylists, make-up artists, etc. Há um vazio muito grande nesse campo, pois, apesar de existirem muitas revistas de moda, nem sempre é dado o destaque à moda portuguesa que esta merece, assim como o apoio e divulgação necessárias a que ela continue a crescer e a evoluir. É essa a razão de existir do blogue. Obrigado, pelas vossas opiniões e comentários e ao simples facto de porem os criadores portugueses na vossa rota. Certamente, com a vossa participação não só o blogue fica mais rico e completo, como estão a ajudar a que se discuta e fale sobre aqueles que nos merecem toda a admiração, pelo esforço e empenho criativo numa área tão ingrata e dificil como o é a Moda.Obrigada.

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  4. Olá Frederico. Eu sou estudante de Design de Moda, e tenho actualmente algumas disciplinas que me proporcionam analisar de forma mais técnica as colecções dos designers, e garanto-lhe que muitas das coisas que eu aprendi, que são aceites por um grande número de designers, ensaistas e outros profissionais que trabalham na àrea de moda (caso contrário também não constariam entre a matéria leccionada), não as vejo nas colecções que conheço do Carlos Gil. Numa colecção deve-se ter uma paleta reduzida, mas, já que referiu o Galliano, o meu designer favorito, independentemente do exageros que apontou, usa imensas cores, e nem por isso podemos dizer que a colecção não é coesa, dispersa, porque têm um foco bastante preciso apesar da diversidade. Aliás, a nível da paleta de cores, achei,aliás, bastante coesa, um dos pontos positivos da colecção. A diversidade é uma marca nas colecções que eu vi do Carlos Gil, mas chega a um ponto que é tanto, que eu penso que a colecção perde o foco. Diga-me o que é que o estampado do coordenado da imagem 5 tem a ver com o da imagem 4 ou o da 7? Muito sinceramente, parece que o 5 nem sequer pertence à colecção. E depois a profusão de silhuetas. Uma colecção deve ter entre 2 a 3 silhuetas diferentes, e estas marcam as silhuetas que definem a marca. O Galliano, por exemplo, apesar dos exageros das formas e do desconstrutivismo das peças (sim porque ele não é só exagerado, é desconstreutivista) usa poucas silhuetas diferentes na mesma colecção. Nas poucas fotos que aqui são apresentadas, vê-mos uma silheta império, um corte a direito, cintura subida, entre outras que nem sei nomear. Além disso, há quatro iténs fundamentais que constituem um bom coordenado: cor, textura, brilho e padrão. E para um coordenado ser perfeito deve-se equilibrar estes elementos, de forma a que cada um seja impactante sem ofuscar os demais. Os coordenados das imagens 3, 9 e 10 têm demasiado brilho, disperso por diversas zonas. Ou seja, não há um foco, há brilho aqui, há brilho ali, e isso, na minha opinião deturpa a visão da roupa. No coordenado 9, se o top é coberto com lantejoulas bastante brilhates, que são o foco principal do look, e se os sapatos têm aquela faixa brilhante bem saliente, para quê uma maquilhagem prateada e uns brincos também exagerados? Se ao menos a make-up fosse mais clean, o impacto seria muito melhor, mais fácil de digerir. São acessórios a mais, por exemplo, no coordenado seis. Se retirásse um ou dois, a imagem seria muito mais clara e como tal, mais forte. Quando se quer apresrntar sapatos a roupa tem que ser clean para não ofuscar, quando se quer apresentar jóias idem, e quando se quer apresentar roupa os sapatos e outros aderessos têm que ser mais discretos. E quando se quer fazer tudo ao mesmo tempo, ou se exagera tudo de tal forma que as partes surgem equilibradas umas com as outras, por incrivel que pareça, como faz o galliano com exímia maestria, ou fica uma grande salganhada. Enfim, na minha opinião falta alguma maturidade.

    Pronto, já inumerei várias razões pelas quais eu não consigo gostar (totalmente) das colecções do Carlos Gil. No entanto tenho pontos positívos a apontar: adorei os mini calções pretos e as duas primeiras túnicas da colecção. Além disso, gostei muito do estampado das correntes, exagerado, sim, mas na proporção correcta,e sem entrar em confronto com a forma das peças.

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  5. Já agora Paula, onde é que você arranja músicas tão boas?! xD Vão quase todas parar ao meu mp3!!!

    Você tem um óptimo gosto musical, e deu-me a conhecer algumas das bandas e intérpretes que mais gosto e oiço actualmente (como os Two Doors Cinema Club, William Fitzsimmons e por aí fora). E já andam os meus amigos a perguntar-me onde é que eu arranjo estas músicas :) Muito obrigado!

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  6. Tiago não pude deixar de ler o seu comentário. Também tenho formação em design de moda e tive também a formação que me permite analisar as colecções independemente dos estilistas. Quanto aos coordenados, podem não ter uma ligação directa, mas têm uma ligação com o tema. Estampados florais, peles de animais, inspirações tribais, tudo conceitos que têm como ponto de partida África. Podem não ter uma ligação directa mas a colecção em si tem ligação. Mas como lhe digo, não quero entrar em confronto. Ambas as opiniões são válidas, apenas pontos de vista diferentes. A nível de make up, achei que a sua imagem ate estava clean. Apenas com as penas nas pestanas. Penso fazer tudo de uma imagem muito própria do estilista. Mas volto a dizer, todas as opiniões são válidas, avaliar arte é e será sempre muito subjectivo.

    Frederico Almeida

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