Há quem ande a estranhar os meus
posts sobre comida no facebook, devidamente acompanhados pelas imagens que faço
aos pratos que vou cozinhando ao longo da semana. De facto, nunca fui uma
pessoa que fizesse da cozinha um hobby,
muito pelo contrário, para mim a cozinha sempre foi uma divisão a evitar por períodos
mais longos que 15 minutos. O problema é que esta atitude de comer snacks a toda a hora, assim como, comida
semi pronta, daquela que basta juntar água ou descongelar e cozinhar, andava-me
a fazer sentir um balão de ar ambulante, para além de estar a engordar grama
ali, grama aqui que parece que se não nota nada, mas, depois de uns 5 anos podem
querer dizer mais 10 quilos.
Por isso, num dia em que estava
vazia de ideias e desmotivada, resolvi mudar a forma como comia. Já passaram
cerca de 3 semanas desde esse dia fatídico em que me obrigo a passar cerca de 1
hora por dia na cozinha e a mudar as coordenadas de busca nos supermercados. Passei
dos enlatados, congelados pré-cozinhados e coisas que sabem bem de pacote para
a secção das frutas e legumes, áreas de comida dietética e bio-qualquer-coisa,
tudo coisas cruas e outras a precisarem de ser cozinhadas para mal dos meus
pecados.
Para já posso dizer-vos que estou
bastante surpreendida com os resultados e que a máxima “Somos o que comemos” é
mesmo verdade. Passei a fazer saladas variadas (vocês nem imaginam a quantidade
de frutas e vegetais que existem na internet e que desconhecia completamente a
existência!!!) ao almoço, para levar para o escritório, assim como, sumos e smoothies ao
pequeno-almoço e lanches cheios de superalimentos ( goji, sementes de chia, de
girassol, de abóbora, proteína de cânhamo, spirulina, maca etc. etc.) com frutas e vegetais e ao jantar há sempre uma sopa fresca com
leguminosas e sem batata. Bani o leite (e a soja),do cardápio e substitui-o por
iogurte natural, leite de aveia, de arroz, de amêndoas e água de coco. Pão e
amidos (batata, massas…) só de vez em quando, exceto arroz (duas ou 3 colheres
de sopa) e só ao almoço. Introduzi o cacau em pó e o açúcar de coco para adoçar
e o chocolate preto com teor mínimo de cacau de 85% (mas, só um ou dois
quadradinhos), tais como as amêndoas com casca e a noz de caju sem sal e sementes de abóbora para
snacks ao longo do dia (não mais de 12 unidades/dia) ou quando preciso de shots
de energia.
Descobri, igualmente, que posso
usar a minha imaginação e criatividade na cozinha (sim sei que isto é básico,
mas, ainda não o tinha sentido como tal, uma vez que a cozinha para mim era sinónimo de antecâmara de dor e sacrifício)
e comecei a criar receitas originais de saladas supernutritivas e sopas com
ingredientes inusitados a substituir os tradicionais batata-cenoura. O passo
seguinte foi caprichar na apresentação dos pratos para estimular as papilas
gustativas que descobri estarem diretamente ligadas ao que os olhos vêm mais do
que ao paladar. E como queria fotografar este meu projeto, aliei o útil ao
agradável, se tinha que fotografar os pratos era bom que fossem bonitos e
apetitosos.
Ao fim destas 3 semanas sinto
mudanças radicais no meu aspeto (pele , cabelos…) e na minha cintura que deixou
de albergar balões na barriga para passar a ficar lisa e sem aquela sensação de
falsa grávida de 6 meses ao final da tarde. O trânsito intestinal regularizou pela 1ª vez na
minha vida sem ter que tomar laxantes (nos quais estava a ficar viciada) e como
me obrigo a beber 2 litros de água/chá por dia, sinto-me mais hidratada e sem
fome nenhuma, pois, muitas vezes o impulso para ir petiscar qualquer coisa,
devia-se a sede encapotada de fome (ás vezes o cérebro confunde as duas
necessidades). Reduzi o meu colesterol mau e pela primeira vez em anos atingi
valores perto do normal. No caminho perdi 2,5 quilos de gordura e aumentei a
minha massa magra sem fazer qualquer exercício que não seja subir escadas a pé
e caminhar à hora do almoço ( e ok, passear os cães de vez em quando).
Como quero contar-vos aqui este meu projeto vou publicando no blog, em rubricas especiais, as minhas experiências
culinárias, partilhando descobertas de mistura de sabores
improváveis (sabiam que salada de ananas ou uvas ou romã com o salmão fumado
são a oitava maravilha dos sabores?). Aviso desde já que isto não é um projeto
para emagrecer, nem eu sou nutricionista, pelo que não garanto resultados a
ninguém. Limito-me a investigar sobre alimentação saudável e sobretudo
conselhos de coaches em nutrição ou nutrição funcional (sim isso existe) que
são nutricionistas direcionados para implementar estilos de vida mais saudáveis
nas pessoas. Por isso se tiver algum problema de saúde ou estiver grávida não
siga a minha experiência, ok?
Nestas coisas o que custa é
começar, por isso preparei um começo em grande e para tal contei com a ajuda
do Liquid da Merendinha no Chiado com os seus programas de detox personalizados. Assim, numa
segunda –feira iniciei um dos programas do Liquid e passei três dias a sumos e
smoothies híper-nutritivos. Foi este o meu motor de arranque, mas, cada um
achará aquele que mais resulta consigo. Por mim, continuarei a partilhar as
minhas receitas criativas aqui. Estão todos convidados, é claro.
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