I’m a fashion blogger but not a Fashion Blogger, so no
one’s sending me anything for free, and I haven’t that kind of great job that
allowed me to shop every season’s trends. I really don’t care if I can’t buy
something all the time I go shopping because I’m just looking almost of the
time. To go shopping means to me that I’m going to study: How fast fashion was
reading catwalks’ trends? To see runway’s collections in person because without
examining the stitching and touching the fabric you can’t understand how
brilliant they are - It’s why I visit twice a year boutiques like Prada and Miu
Miu (my favorite in all world).What does this look like in production? How does
that look on a human? What stores are carrying this coat, and which are
carrying the jacket version? Where are they putting this skirt, and with what
are they merchandising it? Who buys that fur-trimmed swimsuit? What makes it enjoyable to shop and so one…The
most of the time I enjoy myself looking for a special piece and when I find it
I love to try and see how it looks like in the body, what kind of materials and
textures it was made, and the most important the details and the fabric quality.
I also love to run the fast fashion shops and look for similar pieces at
friendly prices, inspired in the high prices ones from runway collections. Then
I made a post in my blog comparing the two pieces, the ‘real’ one and the copy
that usually turns real for almost of the real women that live in the real
world… I love to do so.
So when I tell to my family and friends that I go
shopping again, they have that kind of bad mood pretty like “Oh, not again, are
you that kind of so rich person! Where do you get the money?” or they maybe
think that I’m going to get crazy debts and exhaust all the credit cards’
limits. No way. That wouldn’t not happen because I’m only looking not buying
anything (I really don’t buy anything out of the sales season or out of the street
markets for years). I can realize that it’s very difficult to explain why a
person could spend hours looking shop after shop without buying anything, just
looking! It’s something too hard to explain for who only go shopping when
she/he really need to buy a specified good. Once I went to New York and I spent
3 full days to visit all kind of shops, but considering that NY is the biggest
shopping center in the world and this is where all the legendary department
stores sit, it was not that long. And so I shop.
I use to have a kind of dream: Right now I’m standing by a dressing room—almost
full of all kind of clothes, after all these minutes—with a dress made of
delicate crepe that’s slashed into pleats. The dress costs pretty like what I
can earn during a year, but the shop assistant tells me that I can buy it for a
friendly price if I wanted. It’s ok I’m really excited but all my credit cards stopped
working and I do not really have any money with me. Suddenly I wake up and I
realize that I’m poor and my wardrobe hasn’t a single dress because the closet
got on fire and all my beautiful clothes were burned. Stop.
When I went to an expensive boutique I realize that if
I don’t look like someone who would or could buy something I won’t get all the
empathy from the shop assistants (unless I am in Paris). So when I go shopping
I insist to look like a respectable, stylish, well-heeled human when shopping. It
is a smart trick that always works. In front of a potential customer the shop
assistant change utterly his mood and with all the kindness she can get, like a
birthday party magician she emerges from behind the dressing room’s curtain:
“Oh, did you want to try that on?” she says, and I’m totally in. I can spend all
day long to fraternize like this and in the end of the day with certain ability
I could get a kind of shop assistant’s friendship, who knows?
That’s my kind of thing when I’m talking about
shopping. To look shops, to try luxury clothes in my real body when I can get
some friends without benefits between the shop assistants, to exam details,
fabrics and textures, to look pretty close catwalk goods… and to buy something
as an exception. Shopping means putting on my Calvin Klein’s jeans and my Dolce
& Gabbana’s t-shirt and my J. Crew Collection Cashmere Popover and my Miu
Miu skirt and my Prada shoes and my Isabel Marant cowboy boots and taking my Chloe bag with me (who knows
what black hand lurks in boutique dressing rooms) and then getting undressed
again.
I suppose for a normal woman I could compare to go shopping
and don’t buy anything to a bad date with a promising guy. But I’m not a
socialite or a celebrity nor a bank owner’s wife neither a football player’s
girlfriend. So I have only an option among two facts: 1)Get a rider in my bike
way from shops or take a walk with my puppy in the beach and it will be better
stop being a fashion blogger and getting a big wall between me and my beloved
fashion world forever. 2) Or instead, go shopping and get close to what I love
the most in the way I meant before. That’s
doesn’t mean to be worshiped when I go in a store. But I do want to be
romanced. I want to be delighted… I want my good dream’s episode not the bad
ones. I realize that to be a shop assistant in the retail world couldn’t be the
funniest thing in the world but I’m sorry because to be a poor anonymous
fashion blogger without some cash isn’t so good too. I loved the shopping wash
days and in the end of the day I went home and I talked about it in my blog. Did
I buy anything? No. I didn’t. But I’m talking about it and someone will read it
and maybe buy it. So I require be welcomed for what I am not for what I would
buy in all kind of boutiques, stores or legendary department stores worldwide.
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Sou uma
fashion blogger mas não uma Fashion Blogger, pelo que ninguém me envia nada de
graça, e não tenho um daqueles fantásticos empregos que me permitem comprar todas
as tendências sazonais. Mas, de verdade que não me chateia por aí além não
comprar nada sempre que vou às compras porque na maioria das vezes vou só para
ver. Ir às compras para mim tem, pois, todo um significado diferente: É como ir
estudar moda! Como é que a fast fashion interpreta as tendências? Ou ver as
coleções das grandes marcas de luxo ao vivo e a cores porque sem examinar os
detalhes e o toque dos tecidos não podemos ter a perceção de quão maravilhosas
as peças são. É por isso que tenho por hábito visitar pelo menos duas vezes por
ano lojas como a Prada e a Miu Miu que são as minhas favoritas. Para quem só viu
em imagens de desfiles as peças dessas coleções tão fantásticas não faz a mínima
ideia de como são maravilhosos os cortes, as cores, os padrões e os tecidos e texturas e de como favorecem o nosso corpo, uma prega que está exatamente no sítio que deve
estar ou como é que uma simples costura pode evidenciar as nossas formas. Para lém disso gosto de observar detalhadamente os pormenores do forro aos bolsos. Afinal, é isso que as
distingue das marcas de grande consumo e de certa forma justificam o seu
elevado preço, não é verdade? Também gosto de correr as lojas de fast fashion e
procurar peças semelhantes às das marcas elitistas a um custo 100 vezes menor.
Claro que não é a mesma coisa, estamos a falar de ‘quase-peças’ mas são estas
que de fato preenchem o guarda-roupa da mulher real que vive no mundo real, não é?
Quando digo à minha familia e aos meus amigos que vou ás compras ( para ai duas vezes por semana), eles lá vem com a exclamação “ Oh! Às compras outra vez? Onde é que vais ao dinheiro?” E lá no fundo julgam-me como uma daquelas shopaholics irresponsáveis que furam todos os limites dos cartões de crédito e se endividam muito para além do razoável para conseguirem comprar tudo e mais alguma coisa. Nada disso, eu não sou uma viciada em compras, mas, mais uma viciada em lojas e isso faz toda a diferença. A maior parte das vezes entro nas lojas para ver o que elas oferecem e raramente compro algo fora da época dos saldos ou então, ultimamente, nas feiras de rua e mercados/lojas vintage em 2ª mão. Entendo que é muito difícil de explicar o meu conceito de ‘ir às compras’ para alguém que só vai às lojas quando precisa de comprar um produto específico e sai logo em seguida que o adquira, pelo que nunca se lembraria de entrar numa loja só para ver. Uma vez fui a Nova Iorque só para fazer um tour naquelas grandes lojas icónicas como a Barney’s, Bloomingdale's, Saks Fifth Avenue, Macy's, etc. Foram 3 dias inteiros a visitar todo o tipo de lojas desde grandes armazéns a boutiques de luxo das marcas mais conceituadas, mas, tendo em conta que estava em Nova Iorque até que não foi tanto tempo assim! Mas, quem é que se lembra de ir a Nova Iorque só para ver lojas sem dinheiro para comprar o que quer que seja? Só uma viciada em lojas como eu, é claro!
Quando vou visitar
uma luxuosa boutique sei que se não parecer como uma potencial cliente não vou
ter a empatia dos empregados (a não ser que esteja em Paris onde podemos entrar
de havaianas na elitista Chanel que não vai fazer diferença). Por isso tenho
especial cuidado no styling de forma a parecer uma respeitável mulher entre o
clássico sem abusar muito das tendências e o moderno minimalismo discreto mas
caro. É um pequeno truque que tenho quando vou ver lojas de luxo. Não custa
nada fingir que se vai gastar uma quantia obscena naquela loja porque com a promessa de
comissões à vista as assistentes vão quer que tu experimentes isto e aquilo e
mais alguma coisa e quem sabe até consegues uma verdadeira pechincha que vai
entrar em saldos daí a uns dias porque elas querem é mesmo agradar-te e
conseguir que a cliente volte mesmo que nesse dia ela não compre nada. Vão por mim, nunca descuidem a vossa aparência num tour à avenida mais luxuosa da cidade.
É este o meu
conceito de shopaholic: visitar lojas obsessivamente, experimentar roupa no próprio
corpinho e quem sabe fazer amizade com as assistentes de loja para conseguir
alguns benefícios reservados aos cartões dourados mas sem cartão dourado. É
preciso praticar muito e muita diplomacia mais uns pozinhos de aparência irrepreensível
(do ponto de vista de um assistente de loja) e nada de grandes familiaridades
sendo requerida até um certo distanciamento vertical, ou seja, uma verdadeira ciência de realcionamento inter-pessoal com as ditas meninas. A parte boa da coisa é que
podemos vestir aqueles jeans Calvin Klein, aquela T-shirt Dolce & Gabbana;
o pullover de cachemira J. Crew, a saia Miu Miu e os sapatos Prada, para não
falar experimentar umas verdadeiras botas Isabel Marant e não cópias rascas da
Zara e demais objetos de desejo escondidos no lado mais negro de um provador de loja.
Posso até admitir que para uma mulher normal, ir às compras e não trazer nada assemelha-se a um mau encontro com um homem muito promissor. Resumindo: Uma grande frustração! Mas, não para mim que não sou uma socialite, nem celebridade ou mulher de um banqueiro ou de um jogador de futebol. Pelo que se gosto tanto de moda só tenho uma destas opções: 1) Ir passear o cão e manter-me longe das lojas porque não posso gastar dinheiro em roupa; 2) Frequentar as lojas como quem vai a um museu, ou seja, ver e não trazer nada comigo. Claro que esta segunda opção implica como acima expliquei que sejamos doutoradas em relacionamento pessoal com as meninas assistentes de loja, mas, isso pratica-se. Pelo que adoro os dias que dedico a correr lojas ( e também gosto de passear o cão e correr na praia) e em seguida chegar a casa e falar do que vi no meu blog. Apesar de não ser uma cliente assidua das lojas de marca, o certo é que acabo por falar das marcas que adoro e alguém irá ler o que escrevi ( espero eu) e quem sabe alguém há-de comprar. Pelo que o minimo que exijo é que seja bem-vinda em TODAS as lojas sem exceção e se assim não for também falarei disso, pelo que da má fama não se livram mesmo que as minhas criticas só cheguem a um reduzido universo de umas centenas de pessoas. Em geral, as pessoas em Portugal queixam-se muita da vidinha e do governo, mas, ficam caladas quando são mal atendidas por quem está a ser pago para atender bem e só faz isso na vida. Lembram-se do filme Pretty Woman quando a Julia Roberts não consegue que a atendam apesar de ter montes de dolares para gastar num vestido? E depois voltou à mesma loja com montes de sacos para mostrar às assistentes o que perderam... Azar!
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