Friday, November 30, 2012

INSPIRATION: THE TYPEWRITER




I  had around 10 years old when I first tried a typewriter and it was precisely an Olivetti in the office where my mother worked. I got the hang of it quickly and it became addictive. It was also in a red Olivetti I wrote my first "novel" at age 12 with the pompous title "The Garden of Delights" and since then the mythical typewriter became a best friend. Who lived with me at the time, certainly could remember the monotonous noise of the mechanical keyboard late in the night. Writting in the Olivetti inspired me so that I could no longer produce handwriting. It was also on my old lady Olivetti that I wroye my early newspaper articles and reviews of film and theater, I was about 17. All my college days, and despite already having 'computers' writing in basic Word in the early 80s, I always refused to separate me from my writing partner and I wrote all my final thesis in my beloved Olivetti. Only much later, in the late 90s and because it became increasingly pressing quickly write and print perfectly, I had to purchase my first compute. However, the nostalgia of my sore finger aching all night long never left me. The act of writing in the noisy silence of the late night sounds me very poetical, and it used to comfort (and challenge) me, but that wasn't so good to anyone who was trying to sleep (I have to me that this may well be one of the reasons for divorce from my 1st wedding :-)

Now I red that on November 20, 2012, what is purported to be the last typewriter made in Britain rolled off the conveyor at Brother UK’s factory in Wrexham. The demise of the device can be seen to mark the last chapter in manual word-processors, passing the torch from the visceral clack of electronic keys to the near silent clicks of a laptop keyboard. Still, the image of the poor aspiring author languishing his fingers in an Olivetti or Olympia portable machine remains for ever, as we will have always the pic in our minds of Woody Allen, Jack Kerouac who wrote every single word of their work in a typewriter, or Ernest Hemingway just saying " There is nothing to writing. You just sit down at a typewriter and bleed”. Does it bleeds the same way to a portable keyboard?


Tinha eu à volta de 10 anos quando esperimentei pela primeira vez escrever à máquina e era precisamente uma Olivetti, no escritório onde a minha mãe trabalhava. Apanhei-lhe o jeito rapidamente e aquilo tornou-se viciante. Foi também numa Olivetti encarnada que escrevi o meu primeiro "romance" aos 12 anos com o titulo pomposo " Os Jardins das Delicias" e desde então a mitica máquina de escrever tornou-se a minha companhia. Quem comigo vivia à época, decerto se lembra do barulho monótono do teclado mecânico pela madrugada dentro. Escrever à máquina inspirava-me de tal forma que já não consegui produzir escrita à mão. Foi também na minha velhinha Olivetti que bati os meus primeiros artigos de jornal e as minhas criticas de cinema e teatro devia ter uns 17 anos. Todo o meu tempo de faculdade, e apesar de já haver 'computadores' básicos que escreviam tecnicamente como agora no Word no inicio dos anos 80, sempre recusei separar-me da minha companheira de escrita e foi nela que escrevi os meus trabalhos de Faculdade e tese final. Só bem mais tarde, em finais dos anos 90 e porque se tornava cada vez mais premente escrever depressa e imprimir na perfeição, tive que arrumar a Olivetti e adquirir o meu primeiro computador à séria. Todavia, a nostalgia dos dedos dormentes e doridos noite adentro ficou, assim, como o barulhento acto de escrever no silêncio da madrugada, reconfortante ( e desafiante) para mim, mas, que chegava a ser ensurdecedor para quem estivesse a tentar dormir ( tenho para mim que esse pode bem ser um dos motivos de divórcio do meu 1º casamento :-)     

Agora li que em 20 de novembro de 2012, é suposto ter sido fabricada a última máquina de escrever feita na Grã-Bretanha, tendo o último exemplar saído da transportadora da fábrica em Wrexham. O desaparecimento da mítica máquina de escrever marca o último capítulo dos processadores de texto manuais, substituidos pelos cliques mais silenciosos do teclado portátil. Ainda assim, a imagem do pobre autor aspirante definhando seus dedos numa máquina de escrever portátil seja Olivetti ou Olympia, permanecerá para sempre em nossas mentes nostálgicas, assim como as imagens de Woody Allen ou Jack Kerouac que escreveram todas as palavras da sua imensa obra numa máquina de escrever, ou de Ernest Hemingway apenas dizendo "Não há nada de especial em escrever. Você só tem que se sentar a uma máquina de escrever e sangrar". Será que se sangra da mesma maneira a um teclado portátil?




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