Tuesday, November 20, 2012

INSPIRATION: THE SADDEST STORY OF SANTA!


Tenho imensa pena do Pai Natal. Aparentemente ele parece um velhinho feliz, sempre com um sorriso a rasgar a farta barba que assenta numa barriga bonacheirona, que lha dá aquele ar bondoso e cool. Mas, apesar do seu aspecto, o Pai Natal não pode ser feliz! Como é que alguém pode ser feliz quando só é lembrado uma vez por ano e só para lhe pedirem coisas, desejos, sonhos pequenos e grandes, o impossível que a esperança surpreende, bonecas e carrinhos, jogos e livros… outras coisas inominadas, ou somente um beijo, um abraço, o fim de uma ausência, ou mesmo coisas preciosas demais para serem deixadas nos sapatos em baixo da árvore de natal. Não, o Pai Natal não pode ser uma pessoa feliz. Depois, vive no lugar mais frio do planeta, nunca entendi porque é que obrigam o Pai Natal a viver no Pólo Norte e não num país quentinho, com praia, seixos, areia e dunas?! Porque é que em vez de ter de trepar com o terno pesadíssimo por montanhas de gelo e neve, não pode simplesmente, apanhar uma auto-estrada e rumar aos seus destinos a partir de um lugar menos agreste? E porque é que não lhe oferecem de uma vez um jacto particular e o obrigam a conduzir o velho trenó na noite mais longa do ano? Porque é mais romântico assim? E o Pai Natal, ninguém pensa na sua proveta idade? Como se não bastasse todas as dificuldades que o obrigam a suportar, o Pai Natal tem uma multidão de gente a fazer-se passar por ele, fazendo acreditar as criancinhas que é o próprio, o original! Não pode ser. O plágio devia ser crime e os imitadores penalizados pela ousadia. Porque ao que eu sei, o verdadeiro Pai Natal está proibido de aparecer, o que é outra enorme injustiça! Já alguém viu de facto o Pai Natal a descer a chaminé? A deixar os presentes nos sapatos de cada um? A passear de trenó pelos céus? Não. Ninguém viu. Porque o verdadeiro Pai Natal não pode aparecer às pessoas que nele acreditam, assim, como se fosse uma espécie de deus ou coisa que o valha! Logo, os miminhos, beijinhos e abraços da pequenada vão todos para os pais natal falsos que pululam em centros comerciais e grandes armazéns. Pelo que digam lá como é que o Pai Natal pode ser feliz? Plagiado, hostilizado pelos que acham que o Natal está a ficar demasiado materialista, devendo voltar a ser dada exclusividade ao Menino Jesus (Assim como é que o Pai Natal pode rivalizar com o protagonismo de uma criança nua e desamparada???), expatriado para terras gélidas, e ainda por cima, invisível, o Pai Natal é o ser mais sacrificado e injustiçado de todo o período natalício. E ninguém dá presentes ao Pai Natal! Nem umas simples botas quentinhas, não senhor! Bem que ele pode colocar o seu sapato enorme debaixo das árvores de natal que visita que ninguém se lembra de lhe oferecer um presente por insignificante que seja. É triste a história do Pai Natal, esse velhote obrigado a viver na terra das focas e dos pinguins, e a quem ninguém agradece a dedicação e o trabalho de andar a distribuir a realização de sonhos e desejos por todos os Continentes e ilhas. É verdade que lhe escrevem muito, e agora lhe mandam emails e até sms, mas, em nenhum caso lhe perguntam pela sua saúde, se mostram preocupados com a sua solidão, ou lhe oferecem um presente, ou se interessam por saber se precisa de alguma coisa! Até há quem diga que o Pai Natal não existe, que é uma invenção, ou um mito urbano que está a ser destronado pelo mito rural do presépio. Há pessoas com coragem para tudo, até para inventarem tamanha mentira sobre a verdadeira existência do Pai Natal.Pois, essas pessoas que desdenham da existência do Pai Natal, o que lhes devia acontecer era não terem uma única prenda sequer no seu sapato, que todos os sapatos dessas pessoas ficassem vazios e mais frios que as montanhas onde obrigam o velhinho a viver. E quando fossem calçar os tais sapatos, lhes gelasse os pés como têm gelado o seu coração. É por isso que eu tenho muita pena do Pai Natal e não gostava nada que o tratassem assim, queria que lhe dessem mais importância, que o deixassem comer à mesa da consoada, que lhe oferecessem presentes e que não se lembrassem dele só uma vez por ano e, finalmente, que fosse proibidas as imitações vestidas com fatos da loja do chinês, esses que fazem pais natais em série e nunca, mas, nunca o respeitaram. E eu prometo que se me concederem este desejo singelo, de tratarem melhor o verdadeiro Pai Natal, eu serei uma menina boazinha, desdenharei para todo o sempre a Mafalda, comerei a sopa e as saladas, não farei caso do guloso do Garfield e recusarei todas as tentações das lasanhas e afins, não cederei á preguiça do Snoopy, nem à vaidade da Minnie Mouse e não comprarei mais sapatos, nem botas, nem sequer umas singelas sapatilhas... durante, vá lá, para aí um mês inteirinho!!!!

 E, finalmente, um pedido verdadeiro ao Pai Natal único e original: Que não compre tantos brinquedos, roupas e sapatos made in Taiwan para que os pais dos meus amigos possam ter trabalho, e já agora compre uns ursinhos de peluche de Oleiros à fábrica da Angela Merkel para ver se eles não desertam todos para a China. Vá lá!!!!




(E já agora  que falámos tanto em sapatos, aqui ficam uns modelos para o verdadeiro e único Pai Natal do meu coração, portando-me bem, ele me entregar em mão e pessoalmente… desejo tanto conhece-lo!!! ). Vá lá!!!!


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Happy X-buys!
 

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