Saturday, March 5, 2011

PARIS FASHION WEEK: DIOR FALL/WINTER 2011.12


You may not like the craziness of Galliano but you can't ignore the man is a fashion genius! How inspiring these images from the last collection that he designed under the label Dior! It wasn't only the attention to the details, the romanticism vibes, the drama that John Galliano carried into his personal life... it's the dreaming beauty that fashion can be! And as almost all genius he got the blue loneliness as his state of mind. It's a huge lost for fashion, I'm saying! For me he was a fashion hero and I hope people will forgive him someday.

Pode-se detestar a loucura de Galliano mas não se pode ignorar que o homem é uma safado de um génio da moda! Que inspiradoras imagens estas da sua última colecção desenhada sob a tutela da Dior! Não é só a extrema atenção dada aos detalhes, uma execução técnica perfeita, o romantismo vibrante, o drama que John Galliano transportou para dentro da sua vida pessoal... é a beleza de sonho que a moda pode ser! E como quase todos os génios ele só conseguiu, fora das luzes da ribalta onde encenava o sonho e o drama, a  triste solidão da genialidade. É uma enorme perda para a moda, digo-o eu com o pesar e a mágoa de quem tinha Galliano como um fashion hero! E os heróis , vitimas da sua própria heroicidade, têm pés de barro e rapidamente são esquecidos na pena do exilio forçado. Espero eu que não por muito tempo...e um dia lhe perdoem.   
 











2 comments:

  1. Eu penso que a Dior procedeu mal neste caso. Primeiro porque ele tinha 1 grama de alcool no sangue quando proferiu aqueles impropérios. Não sei nem me interessa se ele é alcoolico, interessa-me a situação em que ele estava na altura. E quem, neste estado, tem mão naquilo que diz?

    O Galliano sempre foi um dos designers mais inclusivos, e as próprias colecções, muitas vezes apelam à diferença, e nao conheço nenhum designer tão excêntrico como ele (em temos de personalidade) e, se há alguém que teve que lidar com o preconceito de perto foi ele, até porque os ignorantes não vêem a genilidade para lá da imagem superficial da pessoa. Quantas vezes não vimos anões, deficientes, pessoas obesas, modelos negras (inclusivé no início dos anos 2000, quando ainda era raro observar manequins de cor nas passereles)? Quantas vezes os temas das suas colecções não tocaram nas camadas mais excluidas da sociedades, como prostitutas, vagabundos, etc? O Galliano sempre foi um apologista da diferença.

    Além disso, se ele é mesmo alcoólico caberia à casa Dior a responsalidade de ter tomado medidas, antes que isto acontecesse, e proteger o seu designer principal, mandando-o para um programa de reabilitação. Mais vale prevenir do que remediar, não é o que se diz? E não lhes ficava nada mal dar-lhe uma nova oportunidade.

    É certo que é uma casa com uma imagem muito forte e muito vincada a defender, e nesse aspecto entendo o lado deles. Mas, com a avidez de coisas novas que o público tem, com a mesma rapidez que este assunto fez manchetes, seria também esquecido, isto na minha opinião. E não se lembraram, quando o despediram, dos enormes lucros e da revitalização que o Galliano deu à casa? Ele agarrou a bandeira com garra e suou-a e, está certo que também deve ter saido de lá com uma indemenização milionária (ou então, tendo em conta que estas multinacionais têm sempre uma série de cláusulas para tudo e para nada nos contratos, se calhar saiu de lá só com um xuto no traseiro e de mãos a abanar), mas penso que foram ingratos.

    O Galliano é genial, todos nós temos algo dele dentro de nós! Tal como tinhamos do Mcqueen, que já se foi, tal como temos do Lagerfeld, e se calhar, no mesmo leque incluiria o Alber Elbaz e a Miuccia Prada. Talvez sejam os cinco designers mais importantes dos finais dos noventas até hoje. Com o Mcqueen morto, e o Galliano com as pernas cortadas (porque até a colecção da própria marca foi cancelada), a moda está cada vez mais desinteressante.

    Esta colecção foi lindíssima e inspiradora, não só pelas razões que a Paula apontou, mas porque soube a despedida.

    Nunca mais me esqueço quando numa manhã de 2003 a minha irmã me chamou para ver uma notícia televisiva sobre o desfile de HC do Galliano para a Dior para a Primavera de 2004, cujo tema era o Egipto. Nunca mais me esqueci desse dia, nunca mais me esqueci daquela colecção, de cada pormenor e aquele nome que eu nunca tinha ouvido falar até à altura ficou-me marcado na memória para nunca mais o esquecer. Das coisas que mais me afligem é ver um génio fechado num armário sem se poder exprimir. Por isso eu acredito que este não seja o fim do Galliano, mas que seja só um até já e espero que ele se levante e reconstrua uma carreira que tanto batalhou para construir. Estou a escrever isto ao som da canção 'Better Days' de Eddie Vedder, se calhar, à espera que dias melhores para o este génio inigualável.

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  2. Obrigado Tiago pelo teu testemunho, também penso assim. Só acrescentaria Rei kawakubo aos Grandes Génios da moda contemporânea.

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