Friday, May 4, 2012

INSPIRATION: Sarkozy, Rita Pereira, Merkel e Vitor Gaspar entre outros ( This post is only for Portuguese people)

A MINHA CRÓNIQUETA das SÉISTAS...


O povo português é do mais engraçado que há e não seja por se rir muito, antes pelo contrário que até tem fama de deprimidito, mas, porque consegue fazer suas as vitórias alheias e odiar com a mesma garra um qualquer sinónimo e o seu oposto, dependendo dos ventos. É por isso que os benfiquistas ao perderem o campeonato na “praia” começaram a vibrar com as vitórias... dos espanhóis, e nomeadamente, com o Mister Mourinho e seu muchacho Cristiano, O Ronaldo. E com o mesmo empenho, este povo embasbacado com os special ones, volta os seus ódios e frustrações para outro Mister, o Sócrates, que fica lindamente no papel de bode com roupinha a condizer comprada nas luxuosas boutiques de Los Angeles, e, em seguida, expatriado para França para expiar todos os nossos pecados colectivos de gula e consumismo. Mas, como somos um povo brando – apesar de já termos matado um rei – mandámos o pobre bode expiatório estudar para terras de França, para uma das melhores universidades da Europa, só para nos vingarmos do manganão que aldrabou todos os portugueses com cursos inventados ao domingo. É bem feito, agora tens que te cultivar e tornar um mestre da ciência política, para aprenderes o que é bom, e com grande sacrifício pessoal, ser obrigado a viver num dos bairros mais caros e selectos de Paris. Esta é a grande vingança pela situação em que deixaste o país.

Este é o povo que diz mal de tudo e de todos, mas, só no café acompanhado de uma imperial e de tremoços, e que jamais muda de opinião porque adora aqueles que nunca se enganam e raramente têm dúvidas que até os promove a presidentes da nação ainda que seja provado que se enganaram constantemente. Aí o segredo do sucesso é jamais admitir o erro e o povo gosta. O que o povo não gosta é de certos tipos fracotes que pedem desculpa. Mas, o nosso primeiro-ministro já percebeu que não ia lá com pedidos de perdão, isso é para os caloiros, agora, é pôr uma cara de pesar e dar as más noticias com o tom convencido da inevitabilidade e ao mesmo tempo um olhar de bezerro inocente que o mulherio adora, como quem diz “ A culpa não é minha é do outro”.

E depois há os tipos como o Mister Jerónimo (Martins) que consegue a proeza de colocar o povo todo à batatada por uma posta de bacalhau a metade do preço, coisa que eu só tinha visto no mundo civilizado quando a Calvin Klein faz saldos em Nova Iorque, a Burberry em Londres, a Chanel em Paris ou a Prada em Milão onde o mulheral mata por um par de sapatos a 50% de desconto. Não, aqui o povo é bem mais prosaico e é capaz de matar mesmo por um quilo de arroz a 40 cêntimos, como se o mundo fosse acabar amanhã e ele tivesse a esperança de lhe sobreviver. Isto diz muito de um povo sem dúvida, para quem os saldos na Fashion Clinic passam completamente despercebidos, mas, se for num hipermercado com comidinha e refrigerantes são capaz de fazer filas de horas e horas e horas… por aqui se vê que estamos a milímetros dos africanos e a anos-luz dos europeus. Pelo que a lógica seria passarmos a fazer parte da Comunidade Económica Africana e até ser um dos países fundadores com todas as benesses que isso traria, em vez de sermos eternamente os filhos enjeitados da Europa Comunitária.

É que comparados com o Sudão do Sul até nos sentiríamos bem alemães e o nosso Vitor Gaspar uma senhora Merkel travestida, com o nosso Presidente a fazer de Sarkozy, ainda que aí a Primeira Dama tivesse que sacrificar o competente Carlos Gil e colocar-se na mão do novo Mr. Dior – o Raf Simons. Assim, à custa de queremos fazer parte do Clube dos Ricaços, não passamos dos pobretanas tipo chinoca-europeus style que adoram arroz e trabalham por meia pacata, com menos regalias que o protegido e em vias de extinção porco preto e quiçá as galinhas poedeiras que já têm os seus direitos europeus a habitação condignamente assegurados.

Mas, a solução podia mesmo passar por aí, sermos adoptados e protegidos pelas Nações Unidas como espécie em vias de extinção e para isso, com a nossa cada vez mais baixa taxa de putos-já-endividados a nascer, só tínhamos mesmo é que estimular o aumento dos abortos para as mais descuidadas, e não tardava muito seriamos o próximo património imaterial da humanidade, digo, as nossas memórias gloriosas de quando demos novos mundos ao mundo. Extintos os portugueses convidávamos o Sr. Jerónimo Martins para saldar o país em offshores, excepto a Madeira que essa entregávamos ao Continente para colocar a ilha no cartão de descontos e depois oferece-lo aos reformados alemães e holandeses, com possibilidade de descontar o Sr. Jardim 50% no primeiro mês e 25% no seguinte. Porque em dois meses certamente o Sr. Jardim arranjava maneira de lixar os alemães e tornar a Holanda num verdadeiro jardim de túlipas madeirenses, subsidiadas pelos próprios. Com um bocadinho de manha portuguesa ainda surgiria um chico-esperto sagaz que exportasse as túlipas madeirenses do Sr. Jardim para Angola numa grande parceria publico-privada gerida pelas Mello e Champalimaud com a bênção da Espírito Santo… e tudo recomeçava numa grande mansão na Lapa. Finalmente, na dita mansão davamos uma festarola e convidavamos o Sr. Berlusconi para pagar como deve ser à Rita Pereira para mostrar o que TODOS os portugueses frustradamente não viram.



PL

3 comments:

  1. :D ... muito bom ... é só rir ... é só alegria ... deprimidos nunca!!!
    bjs

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  2. Gostei muito do que li e sugiro que seja traduzido para inglês.

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  3. muito bom, adorei, ... a verdade de um povo... preto no branco,
    beijinhos, Antonieta

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